Saída do banco de investimento do Deutsche Bank marca fim da era

O chefe do banco de investimento do Deutsche Bank concordou em renunciar na sexta-feira em um sinal da influência da divisão como o maior credor da Alemanha prepara uma reestruturação multi-bilionária destinada a reverter um declínio em suas fortunas.

As mudanças no Deutsche Bank

O executivo-chefe Christian Sewing representará o banco de investimentos no conselho do Deutsche Bank após a saída do chefe da divisão, Garth Ritchie, que foi vice-presidente com assento no conselho, disse o banco com sede em Frankfurt em comunicado.

Ritchie, cujo contrato foi prorrogado em setembro passado por mais quatro anos, foi o membro do conselho do Deutsche em maio de 2018, com ganhos de 8,6 milhões de euros.

“Quando o banco entra em uma nova fase, é hora de eu fazer o mesmo”, escreveu Ritchie em um pequeno e-mail aos colegas vistos pela Reuters.

Ritchie, que entrou para o banco em 1996 e trabalhava em Londres, deve receber um pacote de indenização de vários milhões de euros, disse uma pessoa com conhecimento do assunto.

A remoção de um representante em nível de conselho separado para o banco de investimento sinaliza a determinação do Deutsche Bank de reduzir sua influência e os efeitos nos negócios de suas fortunas flutuantes, que há muito são motivo de discórdia na Alemanha.

O banco de investimento do Deutsche Bank tem sido central em sua estratégia há anos, levando-o a manter uma grande presença em Wall Street, quando outros rivais europeus reduziram a sua posição.

Uma revisão mais ampla, uma das várias nos últimos anos, sinaliza que o Deutsche Bank está conseguindo aceitar o fracasso em acompanhar os grandes sucessos de Wall Street, como o JP Morgan (JPM.N) e o Goldman Sachs (GSN).

MUDANÇAS RADICAIS
A saída de Ritchie e a mudança na representação do conselho são apenas dois elementos de uma revisão abrangente e multibilionária que o Deutsche Bank planeja divulgar nos próximos dias, um mês depois de suas ações terem atingido uma baixa recorde.

A Sewing sinalizou uma extensa reformulação em maio, prometendo aos acionistas “cortes duros” para o banco de investimentos, depois que o Deutsche Bank não chegou a um acordo sobre a fusão com o rival Commerzbank (CBKG.DE).

O conselho de supervisão do Deutsche Bank deve se reunir no domingo para discutir a reestruturação, que pode chegar a 20 mil cortes de empregos – ou mais de um em cada cinco dos seus 91.500 funcionários – com Nova York e Londres recebendo o maior peso.

O credor ainda está discutindo detalhes sobre uma variedade de questões, com a composição exata de uma placa de gerenciamento trimmer uma questão não respondida, disseram pessoas familiarizadas com a matéria.

Entre outras medidas, o banco está examinando a criação de um “banco corporativo” separado para agilizar os serviços agora distribuídos pelo credor, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto.

Também está planejando criar um “banco ruim” para manter dezenas de bilhões de euros em ativos não essenciais.

Sewing quer reduzir o tamanho do conselho de administração de nove membros do banco e o banco ainda está barganhando, disse uma pessoa com conhecimento do assunto na sexta-feira.

A renovação deve custar ao banco até 5 bilhões de euros.

Fonte:Reuters

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