Startup espanhola Glovo quer construir novo centro tecnológico da Latam

(Por Reuters) A startup de entregas espanhola Glovo está planejando uma nova rodada de captação de recursos no primeiro trimestre para alimentar uma expansão latino-americana que incluirá um segundo centro tecnológico na região, informou seu gerente nacional nessa quarta-feira.

Bruno Raposo disse que o Brasil deve ultrapassar a Espanha em termos de entregas da Glovo este ano, enquanto a startup se espalha para cerca de 50 cidades da maior economia da América Latina, a partir de 21 centros urbanos.

“O uso de entregas de mercearia na América Latina é amplo em comparação com os países europeus onde a Glovo opera”, disse Raposo à Reuters em uma entrevista. “Aqui eles já têm o hábito de encomendar produtos farmacêuticos e mantimentos para entrega”.

Ele acrescentou que o governo de extrema-direita do presidente Jair Bolsonaro estava criando “um cenário positivo” para o investimento estrangeiro.

A Glovo emprega 140 pessoas no mercado brasileiro, que cresce rapidamente e é altamente competitivo, que abriga várias outras startups de entrega baseadas em aplicativos e onde a expansão dos serviços de entrega na internet também tem sido um grande foco para varejistas de alimentos como o GPA.

A rede de supermercados, controlada pelo varejista francês Casino, assinou um acordo para comprar a startup local James Delivery por uma quantia não revelada em dezembro. Como resultado, o GPA cortou um acordo com outro serviço de entrega baseado na web, o Rappi, que se expandiu para o Brasil a partir da Colômbia em julho de 2017 e agora opera em 13 cidades.

“Há varejistas tentando desenvolver seus próprios serviços de entrega, alguns buscando parcerias e outros comprando”, disse Raposo, acrescentando que a Glovo é uma parceira exclusiva da rede Franprix do Casino, na França. Os investidores da Glovo incluem a operadora européia de restaurantes AmRest. A disputa pela vantagem na entrega no Brasil é parte de uma proliferação mais ampla desses aplicativos, incluindo a Instacart nos Estados Unidos, que arrecadou US $ 871 milhões em sua última rodada de captação de recursos e a Cornershop, uma startup operacional. no Chile e no México, que o Walmart Inc. está comprando por US $ 225 milhões.

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