Variedade de opções faz preço de streamings na internet diminuir

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Os serviços de streaming rapidamente se tornaram uma febre no Brasil. Inicialmente, muitos ainda tinham dúvidas se o formato conseguiria competir com a TV, mas hoje em dia já está evidente que os dois meios conseguem coexistir, graças à capacidade das empresas de entretenimento de entender as mudanças na mente do consumidor.

Até há pouco tempo, a Netflix dominava sozinha o mercado brasileiro, com o seu nome se tornando sinônimo para plataformas de filmes e séries. Mas, no final de 2019, a empresa já começou a perder alguns assinantes. Pesquisas mostraram que o maior fator para o cancelamento das contas era o preço do serviço.

Um dos grandes marcos para a concorrência nos sites de streaming no Brasil foi a chegada do Prime Video, da Amazon, ao território nacional. Além dos filmes e séries, o Prime ainda oferece alguns outros benefícios e chegou ao país com um preço muito menor que o da Netflix, conquistando muitos clientes.

A partir de então, mais empresas perceberam que o protagonismo da pioneira não era assim tão grande e que era possível concorrer com valores mais baixos. Teve início então a “batalha dos preços”. Os serviços começaram a criar promoções em planos anuais, assinaturas básicas mais baratas e parcerias com outras plataformas. Nos Estados Unidos, onde a concorrência é ainda maior, é comum ver os preços de vários serviços sendo reajustados quando uma das empresas faz um movimento.

Diversos outros serviços se destacam na atualidade. A Disney+ chegou com títulos de peso e divulgação massiva na mídia brasileira, enquanto a HBO Go aposta na notória qualidade de suas séries. Enquanto isso, a Globoplay consegue manter sua base de assinantes por conta da identificação do público com as produções do canal e já é a plataforma mais acessada do país, de acordo com um levantamento da Fundação Getúlio Vargas em parceria com a Research Markets e Conviva. Vale lembrar que os acessos incluem os não-assinantes que consomem os conteúdos gratuitos.

Além dos mais famosos, ainda há sites com foco em nichos específicos, como o Crunchyroll, apenas de animes, e o Mubi, especializado em cinema de arte. Segundo dados levantados pelo site LateNightStreaming, estes sites menos conhecidos também estão se dando bem: hoje em dia, o Mubi é 27% mais pesquisado do que há um ano, e as buscas pelo Crunchyroll dobraram no mesmo período.

Os streamings esportivos passaram por um movimento ainda mais abrupto de queda nos preços impulsionada pela concorrência. A Dazn, uma das pioneiras do ramo no Brasil, surgiu custando quase R$40 mensais. Mas, após a consolidação de outras plataformas com preços bem mais baixos, como o extinto EI+ (agora Estádio TNT Sports), a empresa reduziu 47,4% o valor da assinatura.Com tantos sites diferentes, o brasileiro que pretende assinar vários serviços disponíveis gastará praticamente o mesmo tanto que desembolsaria em um plano de TV por assinatura. Ainda assim, este é um dos setores que mais sofreu com a ascensão do novo formato: a TV paga perdeu 2,6 milhões de assinantes nos últimos dois anos, o que equivale a 2,5 cancelamentos por minuto.