Brasil corta tarifas de importação em 10 pontos percentuais, segundo ministro da Economia

O Brasil planeja reduzir as tarifas de importação em 10 pontos percentuais durante o mandato de quatro anos do novo governo, afirmou na sexta-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, afastando-se da direção que atualmente está sendo tomada por países como os Estados Unidos.

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Redução nas tarifas de importação

Guedes anunciou os cortes nas tarifas de importação média em um evento no Rio de Janeiro, dizendo que haverá um corte de 1 ponto percentual no primeiro ano, 2 no segundo, 3 no terceiro e 4 no quarto.

“A abertura da economia deve ser exponencial ou a indústria brasileira sofrerá”, afirmou.

As alíquotas de tarifas de importação no Brasil são na maior parte entre 10% e 35%.

Os comentários de Guedes vêm à medida que os temores da guerra comercial global estão em alta novamente depois que os Estados Unidos impuseram um novo conjunto de tarifas aos produtos chineses e os negociadores entraram no segundo dia de negociações em busca de um acordo.

Guedes não elaborou mais sobre o plano, mas reiterou o desejo do governo de avançar com sua agenda de reformas econômicas de cortes de impostos generalizados, privatização e desregulamentação.

Antes de tudo isso, no entanto, o Congresso deve aprovar a reforma previdenciária. Guedes disse que o apoio político à política econômica do governo está aumentando, mas o diálogo com os legisladores está se mostrando problemático e o caminho para a aprovação ainda não está claro.

As propostas do governo incluem aumentar a idade mínima de aposentadoria e aumentar as contribuições previdenciárias, um pacote que, segundo ele, economizará 1,223 trilhão de reais (US $ 312 bilhões) na próxima década, impulsionará o sentimento dos investidores e dará início à recuperação econômica.

Mas o apoio público ao projeto de lei é tudo menos estelar, como uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria mostrou no início desta semana.

Guedes disse que a reforma previdenciária é vital para garantir que a economia brasileira não siga o mesmo caminho que a Argentina, que, segundo ele, está agora em um estado crítico.

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