Empregos: Brasil deve criar 870 mil vagas formais em 2019

Com a perspectiva de crescimento da economia sob a direção do novo governo, os economistas preveem um aumento significativo no total de vagas criadas durante o ano de 2019. Porém a criação de mais de 500 mil novos postos de trabalho, ainda estará longe do ideal, pois entre 2015 e 2017 o país perdeu cerca de 2,8 milhões de vagas no total geral.

Este vem sendo chamado de “patamar pré crise”, onde as contratações superavam as demissões todos os anos.

A projeção de criação de empregos em 2019 ficará entre 590 e 870 mil novas vagas formais, ou seja, com carteira assinada. Os números são o resultado total do número de contratações e demissões durante o ano, que normalmente superam os 12 milhões.

Em 2018 as empresas brasileiras criaram 529 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, um número otimista, pois foi a primeira vez em três anos que as contratações superaram o número de demissões. Para os economistas esse e os próximos resultados otimistas estão ligados a um mercado que está apostando no avanço das medidas de ajuste fiscal e também na reforma da Previdência Social, ainda neste primeiro semestre de 2019.

Alta do PIB

Os números da projeção levam em consideração a estimativa divulgada pelo Banco Central com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que para este ano ficou estipulado em 3,27%, muito acima das projeções do do mercado, que esperam um crescimento de 2,53%.

Os economistas apostam na queda do juro de longo prazo para menos de 4% e também uma taxa de câmbio mais estável, mesmo que em patamares do dólar acima dos R$ 3. Outro fato importante no otimismo do mercado é com relação ao crescimento da taxa de investimento, que está previsto para pelo menos 19% do PIB.

Economia nas empresas

A criação de empregos formais de forma positiva também se deve ao impulsionamento das empresas no país, onde o otimismo de mercado deve contribuir para um investimento maior, melhores vendas, negociações, reformas na tributação e nas formas de contratação, onde por consequência irão gerar novas oportunidades.

A reação dos setores da construção civil, serviços e indústria devem ter um crescimento mais consistente. Civil e indústria, por exemplo, tiveram um crescimento baixo em 2018, após a perca de quase 2 milhões de vagas formais na área (somados).

As regiões brasileiras com o maior número de vagas criadas em 2018 ficou concentrada no Sul e Sudeste. O setor que mais criou foi o de serviços, com um total de 398.603 novas vagas.

A recuperação total só deve acontecer a partir de 2021

É um trabalho de “formiguinha”. Apesar de todo o otimismo do mercado e com a criação real de novas vagas formais, a recuperação “total” das vagas perdidas na crise só deve acontecer a partir do próximo ano de 2021. Os números como citamos no início do artigo chegam em 2,8 milhões e nas perspectivas atuais, levará 3 anos para que o número total de desempregados no país caia para menos de 8%.

Números de 2018

No total geral, o Brasil terminou 2018 com 38,39 milhões de empregos formais. Em 2014, por exemplo, os números chegaram aos 41 milhões.

Foram contratados 15.384.283 de trabalhadores, com demissões que somaram 14.854.729.

Confira mais números de empregos de 2018!

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