Boeing e Embraer fecham negócio bilionário

Uma ótima notícia para o mercado nacional, inclusive motivo da valorização de 7% na bolsa, já no início desta segunda-feira, dia 17 de dezembro de 2018. Sim estamos falando sobre uma negociação que já está a mais de um ano em evidência, a parceria da empresa brasileira Embraer com a americana Boeing.

Nesta segunda foi confirmado que os acordos e termos junto à Boeing foram aprovados. As negociações vinham sendo feitas desde o último mês de julho de 2017, onde será criada uma nova empresa de aviação comercial no Brasil, termo conhecido como joint venture.

Novidade

O negócio está sendo chamado pelas empresas de JV Aviação Comercial e/ou Nova Sociedade, porém já foi informado que este é apenas um nome para “tratar” os trâmites da negociação, onde assim que ela for finalizada,ganhará um nome mais agradável ao marketing.

Como irá funcionar a nova empresa?

O negócio está sendo avaliado em 5,26 bilhões de dólares,algo que já no início, estima-se que sejam investidos US$ 4,75 bilhões. A participação majoritária será da Boeing, com 80% de investimento, algo em torno de 4,2 bilhões de dólares. O outro bilhão remeterá a Embraer, que deve investir mais de 1 bilhão de dólares.

Neste negócio a Embraer poderá vender a sua parte para a Boeing a qualquer momento no decorrer de toda as etapas.

Porém todos os acordos desta nova empresa ainda precisam ser aprovados pelo governo brasileiro. Isso porque a federação detém uma “Golden Share” dentro da companhia e isso significa que é possível vetar decisões consideradas estratégicas, como é o caso do controle acionário da Embraer.

Após ler todos os termos do acordo e o mesmo serem aprovados,ele ainda será submetido à aprovação das autoridades regulatórias e também dos atuais acionistas. Todas as condições deverão ser avaliadas antes de qualquer atitude de negociação da Embraer.

Semana passada o Tribunal Regional Federal da 3ª região(TRF3), havia revogado a liminar que impedia as empresas de seguirem as negociações entre as fabricantes de aeronaves americanas e brasileiras.

Outros detalhes sobre a negociação

Os lucros com ações só devem ter efeitos a partir do próximo ano de 2020. A parceria com a Boeing deve gerar um efeito de US$ 150 milhões,sem a dedução de impostos. Isso deve ocorrer em um prazo otimista de 3 anos,após o início das operações.

Depois das negociações da Joint Venture serem concluídas,todas as decisões devem ser lideradas por executivos, presidente e CEO no Brasil. A americana deve ter o controle operacional e de gestão, onde assuntos mais sérios devem ser retratados diretamente pelo presidente e CEO da Boeing,Dennis Muilenburg.

As operações no Brasil e boa parte das estratégias deverão ser tomadas pela própria Embraer. Como resultado a brasileira espera que a operação, já com os descontos do custo de separação, gire em torno dos US$ 3bilhões.

Até o último ano a receita líquida da Embraer com a venda de aviões comerciais era de US$ 10,7 bilhões. Outras áreas da empresa significavam uma receita de 8 bilhões.

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