Como a economia enxerga o caso da Vale?

A tragédia envolvendo o rompimento da barragem de Brumadinho, sem dúvidas, teve repercussão mundial. Ainda mais quando consideramos que já não é a primeira vez que a Vale se envolve em um acidente de proporções tão grandiosas.

Além do impacto da inestimável perda humana, o mercado internacional é ainda mais afetado pelo fato de a Vale ser uma das principais representantes da economia do Brasil. Quando consideramos que a exportação de minério de ferro é um dos pilares da sustentação da economia brasileira, percebemos a dimensão do efeito que a Vale tem em nosso país.

Isso, é claro, também não passa despercebido aos olhos do investidor estrangeiro. Caímos, portanto, naquela situação complexa: a Vale, uma empresa importante do cenário estrutural do país, oscila no mercado e isso, consequentemente, impacta a economia como um todo. Inclusive, externamente.

 

A gigante Vale

A Vale é a segunda maior exportadora de minério de ferro do mundo. No Brasil, ela é responsável por cerca de 70% do montante total desse produto, que é o terceiro maior item de exportação do país. Sendo assim, podemos considerar que a empresa é um elemento chave para os rendimentos do Brasil.

Em âmbito financeiro, a Vale retorna valores expressivos para o mercado interno. Isso, apenas com os rendimentos comuns. Mas, precisamos considerar que, uma empresa desse patamar, é chamariz para investimentos externos. Afinal, ela é responsável por produtos que possuem uma demanda constante e rentável.

 

O que os investidores estrangeiros pensam, sobre as tragédias envolvendo a Vale?

Ainda não se sabe qual será o impacto a longo prazo, para a economia brasileira. No entanto, o que é possível determinar, são dois pontos fundamentais: em caráter imediato, é natural que a valorização da Vale varie negativamente. A segunda questão, portanto, se torna até óbvia. Se ela desvaloriza, sendo um dos pilares econômicos do Brasil, automaticamente nossa economia sofre esse revés.

No ato do incidente, as ações da Vale apresentaram uma movimentação brusca. A venda dos títulos fez com que a Ibovespa apresentasse picos de liquidação de ações. A companhia, na segunda-feira, dia 28, perdeu R$ 70 bilhões em valor de mercado. Um número expressivo, sem sombra de dúvidas.

 

Como isso impacta na economia nacional?

De modo amplo, as análises ainda estão sendo consideradas. Isso porque, além da tragédia em si, é preciso lembrar que um dos principais compradores de minério de ferro do Brasil, a China, está apresentando desaceleração de crescimento. Isso, claro, devido à Guerra Comercial dela com os Estados Unidos, que está gerando impactos por todo o mundo.

Então, além da situação pontual do rompimento da barragem, a expectativa é que a Vale perdesse um pouco de fôlego devido à essa diminuição da demanda chinesa. Porém, é inegável que a situação emergencial catalisou a retração.

Em um nível muito interno, ainda temos a situação da economia de Minas Gerais. Afinal, a Vale é uma das principais – senão a maior – geradora de renda para os mineiros. A diminuição dos rendimentos, automaticamente, irá afetar Minas Gerais de um modo expressivo, que pode, inclusive, levar o estado à uma situação econômica muito frágil.

 

 

 

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